A colecistectomia é a cirurgia para a retirada da vesícula biliar, um órgão sacular aderido ao fígado que serve de depósito para a bile, que auxilia na digestão das gorduras quando lançada no intestino.
A causa mais comum para a retirada da vesícula é a presença de cálculos (pedras) que costumam causar dor abdominal em cólicas, principalmente após a ingestão de gorduras. O diagnóstico é feito com base na história de dor sugestiva e realização de ecografia abdominal.
Também pode ser indicada a sua remoção cirúrgica em casos de infecção sem pedra (colecistite alitiásica), tumores da vesícula (alguns tipos de pólipos, câncer da vesícula) sendo porém situações bem menos frequentes.
A cirurgia é na grande maioria das vezes realizada por laparoscopia, isto é, um acesso à cavidade abdominal através de pequenos orifícios por onde são introduzidos instrumentos cirúrgicos para a realização da remoção da vesícula, sob anestesia geral. A colecistectomia laparoscópica é uma cirurgia bastante segura, com baixo índice de complicações, sendo uma das cirurgias do aparelho digestivo mais realizadas no mundo.
Normalmente dura em torno de 30 a 40 minutos, podendo o paciente receber alta após a recuperação anestésica ou no dia seguinte na maioria das vezes. O paciente tem pouca dor, facilmente controlada com o uso de medicações analgésicas, sai do hospital caminhando, podendo exercer suas atividades cotidianas sem maiores restrições, e normalmente poderá voltar ao trabalho em 1 ou 2 semanas dependendo da atividade profissional que exerça.
As patologias de vesícula, sobretudo os cálculos, normalmente complicam com a chamada cólica biliar, que pode se manifestar no andar superior do abdome com irradiação ou não para o dorso, porém, em alguns casos, embora menos frequentes, as complicações podem ser bem mais graves, como infecções (colecistites), perfurações causando peritonites, necrose da vesícula, abscessos, pancreatites, dentre outras. Tais situações são normalmente indicação para cirurgias em caráter de urgência, com maiores riscos para o paciente e maiores taxas de conversão para cirurgia aberta (com corte). Por essas razões, é altamente recomendado que a pessoa procure avaliação especializada quando apresentar dor abdominal em cólicas, no andar superior do abdome, geralmente após ingestão de alimentos gordurosos, assim como história familiar de patologia biliar.
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